quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Going the Distance" e "Love and other Drugs"

Nos últimos dias andei com preguiça de blogar mas estou devendo dois filmes que vi recentemente. Os dois são comédias românticas e foram legalzinhos, sendo um mais leve que o outro.



O primeiro foi o "Going the Distance". No filme Drew Barrymore está passando uma temporada em Nova York fazendo estágio em um jornal, e conhece Justin Long, que trabalha em uma produtora musical. Os dois se apaixonam (e fizeram o mesmo na vida real) mas após algumas semanas a personagem de Drew Barrymore tem que retornar para São Francisco, no outro lado dos EUA. O filme então retrata um relacionamento à distância, cada vez mais comum na era da internet. Para mim o filme lembrou minha própria história, pois me casei após um relacionamento de 4 anos à distância (só que internacional). Bacaninha, mas nada especial.




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O segundo é a comédia meio draminha "Love and other Drugs" com o gatinho Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway (que trabalharam juntos em "Brokeback Mountain"). Neste, Jake faz o papel de um representante da Pfizer vendendo medicamentos para médicos que é um verdadeiro garanhão. Ele conhece a personagem de Anne, que tem Parkinsons, e acabam tendo um relacionamento. O filme é sobre como o relacionamento deles muda sua maneira de ser e de ver o mundo. Bem draminha mesmo, mas as interpretações dos dois estão boas, boa química entre eles, sempre importante numa história romântica (é só assistir o "The Notebook"e ver a eletricidade entre Rachel McAdams e Ryan Gosling) e que carrega este filme, já que os dois passam grande parte do filme pelados e agarrados um no outro. Rsrsrsrsrs.

Bom, no geral são dois filmes daqueles que você aluga num Domingo chuvoso, com o clube da Luluzinha e muita pipoca!


domingo, 16 de janeiro de 2011

Teresópolis


Nos últimos dias meus pensamentos estão voltados para a cidade que chamei de lar por 20 anos, e para todas as cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro. A tragédia ocorrida é chocante, triste e traz sentimentos de revolta e de impotência. Não é primeira vez que as chuvas de verão causam estrago na Serra, levando casas e vidas, mas nunca nada assim. É terrível.

Acompanho as notícias de peito apertado, e meus pensamentos estão com aqueles que estão lá, com os que perderam família, casa, tudo. Com minha família e amigos. Torcendo para que não chova mais, para que não encontrem mais e mais corpos, para que tudo fique bem.

Torço e espero que as coisas se normalizem logo, que a recuperação seja o mais rápida possível. E como aqueles que expressaram os mesmos sentimentos, que os políticos se conscientizem de que sua inação é parcialmente responsável. E estou pensando em vocês.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Black Swan


Estava ansiosa para ver esse filme, e super excitada pra comentar ele depois, mas andava com preguiça de blogar, então cá estou algumas semanas depois.

Black Swan é um filme de suspense piscológico que conta a história de Nina, uma bailarina que tenta chegar a perfeição, e quando é escolhida para fazer o papel principal de O Lago dos Cisnes tem problemas na interpretação do cisne negro, apesar de ser perfeita como o cisne branco. O diretor da companhia de dança começa a incita-la a encontrar seu lado escuro, seu lado imperfeito para trazer a emoção necessária para o papel do cisne negro. O filme então segue a subversão de Nina, que aos poucos vai encontrando seu cisne negro, ao passo que vai perdendo sua sanidade.

Natalie Portman está fantástica no papel de Nina, de sua dedicação em treinar balé por um ano completo e emagrecer 10 kilos quando ela já é petit (ela faz praticamente todas as cenas de dança mostradas, e com certeza atinge a magreza de uma bailarina), à interpretação do lado bom e mau de seu personagem. Ela é cotadíssima para o Oscar de Melhor Atriz este ano. Os outros atores do filme também estão muito bons (destaque para Mila Kunis, de That 70's Show), e se o filme tem um que de exagero e desespero, os atores com certeza previnem que as falhas de roteiro prejudiquem a impressão final do filme.

Foi impossível assistir a Black Swan e não fazer uma comparação imediata com o anime "Perfect Blue", de Satoshi Kon, do qual já falei aqui no blog, e que também é um fantástico terror/suspense psicológico. Black Swan é um pouco menos bizarro, mas ainda assim é tenso, e incomoda em quase toda cena, seja pelo desconforto das cenas sexuais embaraçosas, pelo certo nojo provocado pelas cenas em zoom de tiques e mazelas de Nina, pelo relacionamento estranho entre Nina e sua mãe, ou pelo declínio da mente sã de Nina.

Quando vi o trailer e entendi que tipo de filme Black Swan seria, imaginei que acertaria em cheio o final, e meio que acertei, mas não completamente, e errei o suficiente para ficar surpreendida com o desfecho. Enfim, Black Swan incomoda, faz pensar, e é um show de interpretação. Pra quem gosta de filmes com menos ação e mais cabeça, com certeza vale muito a pena. E claro, como arte, suspense à parte, tensão à parte, o filme é realmente belíssimo!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

True Grit


True Grit é a versão dos irmãos Coen (conhecidos por vários bons filmes, incluindo o ótimo "Fargo") do livro de mesmo nome cuja primeira adaptação para o cinema rendeu um Oscar de melhor ator para John Wayne. Por essa informação sozinha já se pode adivinhar que o filme é um Western.

Desta vez, o papel principal é de Jeff Bridges, que está impagável no papel de Rooster Cogburn, um U.S. Marshall com uma reputação pouco desejável, contratado por uma menina de 14 anos para capturar o homem que matou seu pai. Só que para garantir que seu dinheiro seja bem empregado, a menina, Mattie, decide ir junto na caça ao criminoso foragido, e com eles vai um Texas Ranger (Matt Damon) que também procura o sujeito por um outro crime cometido.

Fiquei realmente impressionada com a qualidade das interpretações dos atores de True Grit, em especial Jeff Bridges e Elizabeth Marvel (que faz o papel de Mattie, e que na vida real tinha 13 anos quando filmaram True Grit), e adorei o relacionamento entre os três "companheiros" e os diálogos. A história é simples mas funciona, e o filme é carregado mesmo pelos personagens e as conversas entre eles, e aquele inconfundível estilo western, durão, seco, cruel mesmo.

Tenho que admitir que com a voz arrastada natural de Jeff Bridges, somado ao forte sotaque sulista e a fato do personagem estar bêbado em grande parte do filme, não fui capaz de entender 100% do que ele estava dizendo, até porque por motivos óbvios não tem legendas nos cinemas aqui, mas ainda assim as palavras perdidas não atrapalharam muito o filme, e fiquei aliviada ao saber que os americanos também não entenderam tudo, e já há até piadas à respeito (ufa!).

O filme é realmente bom, e duvido que não vá ser indicado a pelo menos o Oscar de melhor ator, e acredito que para melhor filme deve sair também, e mesmo não sendo o estilo de todos, recomendo até para os que não são muito chegados ao Velho Oeste, porque o filme é mesmo simplesmente bom.