domingo, 29 de março de 2009

Pergunta Complicada

Acho que uma das perguntas mais difíceis de se fazer a uma pessoa é: Qual é o seu livro/filme favorito? Não é uma pergunta difícil no mesmo sentido que saber o que é o amor mas é uma pergunta injusta. Tanto é assim que se costuma pedir uma lista de filmes e livros favoritos. Top 10, não precisa ser em ordem de preferência ... A pergunta sobre amor é tão sentimental e pessoal quanto se pedir um título que represente alguém.

A resposta mais honesta que posso dar seria: depende. De que fase da minha vida estamos falando? Meu livro favorito pode não ser o mesmo se estou triste, se me sinto prática, se tenho me deixado fantasiar sobre outros mundos. Meu filme favorito pode ser o que me faz gargalhar num dia, superar ou chorar em outros.

Acho mais fácil falar do que me marcou e quando, e se algo me marcou há anos e não foi esquecido é porque faz parte de algo que posso chamar de favorito. Se me perguntassem aos 11 anos eu diria "A coisa" de Stephen King e "Indiana Jones". Aos 13 anos seria "As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley. Hoje nem sei mais o que responder, meus humores e coisas favoritas mudam de semana a semana. Acho que não sou a única a pensar assim, sou?

sábado, 28 de março de 2009

The Curious Case of Benjamin Button





Finalmente vi este filme tão falado este ano, com grandes expectativas de ver um filme épico em beleza e atuações. Ok, gostei imensamente do filme, mas não superou minhas expectativas. Inspirado no romance de F. Scott Fiztgerald, Benjamin Button é o homem que envelhece ao revés, por razão de alguma anomalia genética inexistente. Por sua condição no mínimo bizarra ele acaba tendo uma experiência de vida única e visão de mundo completamente diferente das pessoas "normais".

O filme é sim, uma história de amor, entre um velho com mente jovem e uma menininha, uma adolescente e um senhor maduro, homem e mulher, idosa e um bebê. É a história do amor em todas suas facetas: amizade, cumplicidade, paixão, companheirismo, fraterno. Mas também é uma história de aceitação, de derrubar barreiras sociais, de auto conhecimento e contemplação. Nisto o filme é sublime, aliado a fotografia de se tirar o fôlego.

Talvez por expectativa de saber o que vem depois achei o filme ligeiramente comprido, em suas quase 3 horas de duração, mas na verdade, quase não se pode senti-las, em sua maior parte. A atuação da desconhecida Taraji P. Henson é merecedora do Oscar a que foi indicada, Cate Blanchet como sempre é exemplar, na suavidade e precisão já esperadas de seus personagens, e bela. Brad Pitt faz um velho melhor que um jovem, mas a maquiagem nos leva de volta a beleza do Brad em seu pequeno e memorável papel de "Telma & Louise".

Enfim, é um filme precioso, que provavelmente não será apreciado por todas as pessoas nos mesmos níveis, há muito o que se analisar, absorver e ruminar sobre Benjamin Button em cada etapa de sua vida. E claro, na melhor interpretação laurística, chorei copiosamente nas cenas finais.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Drama Noturno




Estou ilustrando a entrada de hoje com um texto de Veríssimo, porque pra mim, ele sempre acerta em cheio nas peculiaridades da vida, e neste caso, do casamento. Pra não criar alarde aviso que no meu casamento não voaram objetos e não pretendemos que voem nunca.

"A tese da mãe da Julinha é a seguinte: qualquer casamento pode ser salvo até começarem a voar objetos. Um casamento sobrevive a tudo, menos ao açucareiro na cabeça. E a mãe da Julinha é contra a tese segundo a qual, se um casamento dá certo na cama, o resto se arranja. Ela acha que é justamente o contrário. Foi o que disse para a Julinha quando a filha anunciou que ia se casar com o Torres duas semanas depois de conhecê-lo.

- É uma loucura! Vocês não sabem nada um do outro.

- No que interessa, já nos conhecemos até demais.

Se dependesse da Julinha, nem haveria casamento. Mas a mãe insistiu. Não fazia questão de véu e grinalda, mas alguma cerimônia tinha que haver, nem que fosse só para terem o que fotografar.

- Se seu pai não usar gravata prateada, morre - foi o argumento da mãe para convencer a filha única.

A Julinha cedeu. Aceitou a cerimônia civil, as famílias reunidas, os salgadinhos, os bolos, as fotos, a gravata prateada do pai, tudo. Mesmo porque 15 minutos depois de assinarem os papéis, ela e o Torres já estavam no hotel, inaugurando oficialmente a lua-de-mel, antes de viajarem para Cancún.

Os problemas começaram no dia seguinte.

Ao meio-dia, Julinha apareceu em casa de surpresa. A mãe levou um susto.

- Vocês não viajaram?

- Ele raspa a manteiga, mamãe.

- O quê?

- Descobri hoje no café da manhã. No hotel. Ainda bem que eles serviram a manteiga em tablete. Senão eu só ia descobrir depois.

- Minha filha, eu não estou…

- Ele raspa a manteiga! Não corta em segmentos, como eu. Como é normal, como é o certo. Raspa por cima. E outra coisa…

- O quê?

- A pasta de dente. Aperta no meio. Não começa a apertar por baixo. Aperta em qualquer lugar, mamãe. Eu não posso viver com um homem que aperta o tubo de pasta de dente no meio.

A mãe se sentiu justiçada. Tinha avisado, não tinha? Na cama, qualquer um se acerta. O problema era a mesa e o banho.

- Pode-se dar um jeito, minha filha. Seu pai cortava a ponta do queijo. Eu ensinei a cortar ao comprido.

- Não tem mais jeito, mamãe. Ele disse que é raspador e vai morrer raspador. E outra coisa…

- O quê?

- Já voaram objetos.

- Meu Deus.

- O casamento acabou.”


Agora, por que coloquei este texto aqui hoje? Bom, porque pastas de dentes e raspações de manteiga a parte (sim, o Luis enfia a faca no pote de margarina como se fosse uma colher, cavucando tudo de maneira horrenda) nossa discussão frequente diz respeito ao nosso comportamento quando nem estamos acordados. Explico. Mas pra isso um pouco da minha história.

Sempre fui uma pessoa de alta temperatura corporal, capaz de andar de shorts pela casa em manhãs frias de inverno, calçando nada mais que a sola dos meus pés e tomar banho de piscina enquanto um nevoeiro frio de Outono baixa sobre a água. Pessoas que convivem comigo dizem que exalo calor, que pareço um aquecedor mesmo. Sempre sinto calor como se vivesse em constante menopausa. Não sei se por isso mesmo ou simplesmente por ser esquisita nunca consegui dormir de cabeça tapada, ou com a cara pra baixo.

Minha posição comfortável pra dormir consiste em me posicionar de modo que minha cara fique virada pra fora da cama, com meu nariz completamente exposto as interpéries do meu quarto. Se me viro pro lado interno da cama, enfio a mão debaixo do travesseiro para elevar minha cabeça. Ou viro de barriga pra cima. Enfim, me mexo bastante, mas sempre em posição que me deixe livre.

Agora, pra quem nao sabe meu marido tem 1,94 m e se comporta como um urso, é espaçoso no seu dormir. E é friorento. Até no verão de 40 graus de Porto Rico, ou seja, ele gosta de vir buscar calor no meu lado da cama, jogando pernas e braços por cima de mim e eu, dos altos dos meus 1,64 m acabo dividindo espaço de tamanho semelhante ao ocupado pelo gato. Não que eu não goste de estar juntinho mas depois que adormeço não estou mais preocupada com atividades cerebrais inúteis como saber a distância corpórea entre dois corpos e meio (o gato) no plano físico: cama.

Obviamente isso me sufoca, pois não somente ele é pesado como também minha necessidade básica: elevação cabeça/nariz exposto, fica comprometida. E assim adormecemos, eu tentando escapar pra beirada da cama pra libertar minha cara, ele buscando o aquecedor portátil dele. E quando a manhã chega, eu acordo com uma perna e um braço caídos pra fora da cama, me equilibrando pra não desabar, meu marido esparramado no meio da cama e meu gato igual um paxá dormindo no meu travesseiro. Luis diz que a culpa é minha, pois eu mesma me coloco na borda da cama, mas ele não entende que eu tento me mover de volta pra assumir minhas outras posições liberadoras de nariz, mas quando o tento meu lado da cama já está ocupado por joelhos, braços, e rabos de gato.

É sempre uma comédia que nos faz rir muito pela situação, e que se repete noite após noite. A não ser quando acordo no meio da madrugada e expulso o gato e tento inutilmente empurrar o armário de marido que tenho pro seu lado original da cama. Pra quem não sabe dançar esse é um balé que deve ser digno de Vídeo Cassetada.




quarta-feira, 25 de março de 2009

Doomsday 2012 e "Knowing"

A discussão do momento nos fórums que participo e aqui em casa é sobre o novo "fim do mundo". Depois do famoso bug do milênio a moda agora pros supersticiosos é que o fim de mundo acontecerá em 21 de Dezembro de 2012.

De acordo com os "estudiosos" a data foi profetizada há milênios pelos Maias, através de seu calendário maia, que supostamente acaba abruptamente em 5.125, que corresponderia a 21/12/12. Aliado a isso está o fato científico de que em 2012 ocorrerá o alinhamento da Terra, Sol e do centro da Via Láctea, que só ocorre a cada 26 mil anos aproximadamente. Os "estudiosos" acreditam que este alinhamento provocará a mudança do eixo terrestre, com a mudança dos pólos, o que provocaria mudanças climáticas extremas, acabando com a vida na Terra. Isto tudo está ligado ao fato de que os planetas e constelações fazem uma trajetória elíptica junto com o Sol, e como a Terra gira em torno de seu eixo de forma imperfeita, a cada 2160 anos a constelação visível no equinócio de verão muda. Isto marca o fim de uma Era astrológica e começo de uma nova (no momento de Peixes, e logo a de Aquários). O resultado é que em 26 mil anos a trajetória volta a primeira constelação, completanto um giro completo do eixo terrestre.

O History Channel fez um documentário "fantabuloso" sobre o ano 2012 como fim do mundo em 2006, usando estas teorias e também profetas antigos que previram várias catástrofes e acontecimentos mundiais, dessas que estamos acostumados a ver por aí, vagas, superficiais, que podem servir pra qualquer coisas dependendo de como são interpretadas. Vi o documentário hoje. E claro que fui pesquisar se alguma coisa dita tinha fundamento.

Quanto ao calendário maia, os arqueólogo dizem que não há qualquer indício de que os Maias achavam que o mundo ia acabar, e que o calendário não indica um término do mundo, mas simplesmente que foi divido em eras, que era o fim de uma, e que se começaria a contar de novo para uma nova.

E a grande questão, o lado científico da história, a mudança de pólos, que foi até objeto de estudo de Einsten. Este alinhamento de fato ocorrerá, e a mudança de pólos pode ocorrer sim (levando os 26 mil anos pra completar uma elipse completa) MAS, o alinhamento com o Sol leva 36 anos para ser completo, por conta do diâmetro do Sol, e um dos pontos cruciais de tal alinhamento já ocorreu, em 1998, sem nenhum fenômeno ou alarde.

Com tudo isso cheguei a conclusão de que é tudo como sempre "teoria da conspiração" e programas pra assustar os já superticiosos, então, em 21 de Dezembro de 2012, estarei provavelemnte pensando na ceia do Natal.



Isso tudo veio à tona, acredito eu, por conta do filme "Knowing", com Nicholas Cage, que vi no cinema esta semana, e conta a história de um astrofísico que encontra um papel contendo previsões de desastres num período de 50 anos, alguns ainda não ocorridos. Esses assuntos de catástrofe falam muito sobre a natureza humana, que anseia e teme eventos trágicos, num misto de personalidade violenta e vítima.

O filme é muito interessante, e está bem dentro desse lance de profecias, e algo mais, que não discutirei aqui pra não estragar o filme. Pra mim, o filme é uma mistura de M. Night Shyamalan com filmes Sci-Fi, e saindo do cinema eu e Luis passamos horas discutindo nossas interpretações. Não acho que seja um filme pra todos, mas com certeza é pra trabalhar a cabeça. Recomendo.

Filme, documentário, e discussões sobre os dois foram o tema da semana pra mim, e achei que merecia ser comentado aqui também, nesse estilo brainstorming mesmo, pois não acho que é um caso preto e branco de idéias. Toda a idéia de destruição do mundo fica no meu lado agnóstico da vida. Mas que o Doomsday 2012 é balela, isso é.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Vampirices 2

Já escrevi antes sobre eles, já falei do que me atrai neles, e já falei de "Twilight" e de "Morto até o Anoitecer", dois livros sobre vampiros que li recentemente.

Hoje venho fazer uma recapitulação de tudo vampirífico que venho presenciando em meus quase 30 anos, com uma listinha dos vampiros (e seus filmes/livros/etc) que marcaram minha vida.


1 - Jerry Dandridge, conhecido por mim como "Vampirão"



Meu primeiro vampiro foi influencia total da minha mãe, por conta do Vampirão (nós assim o chamamos por muitos anos) do filme "A Hora do Espanto" (1985), personagem de Chris Sarandon. Este filme foi visto e re-visto por mim muitas vezes, e em todas elas eu tinha que concordar com minha mãe, ele era mesmo um vampirão.

2 - O Pequeno Vampiro




Esta coletânea de livros infantis fez parte da minha vida quando eu tinha uns 9-10 anos, e contava a história da amizade entre um menino humano e um vampirinho. Ao todo eram 15 livros, escritos pela alemã Angela Sommer-Bodenburg, cada um com uma aventura diferente com os dois meninos. O melhor de tudo, era se ver na pele de Anton, o humano, e se imaginar passando pelas experiências vividas por ele, como voar pela primeira vez ajudado por seu amiguinho noturno. Com certeza é uma coleção que gostaria de comprar e ter pros meus filhos.


3 - Os Garotos Perdidos



Visto por mim em reprises na sessão da tarde, este filme de 1987 trazia Kiefer Sutherland no papel do vampiro mor, e faz parte da cultura pop dos anos 80. Quem se lembra queria "se perder" também, apesar dos vampiros não serem os mocinhos aqui.


4 - Vampiros de Vamp, da Globo



No ar nos idos de 1991, Vamp criou um furor entre as meninas da minha idade, que queriam ser Natasha e transformar Lipe em um Vampiro, e suspirar por Matosão. Eram muitos vampiros para se escolher um só, mas eu gostava muito do Gerard (vivido por Guilherme Leme) e claro, do Vlad (vivido por Ney Latorraca).


5 - Dracula



Gary Oldman é mais conhecido por estar sempre irreconhecível em seus papéis, o que leva a muita gente dizer que não o conhece. Opinião pessoal à parte (eu o adoro) não conheço quem tenha achado defeito em seu Drácula (1992), de Coppola baseado no livro de Bram Stoker . Ele deu calafrios e torceu narizes em várias cenas, mas todo mundo foi seduzido com Lucy e Mina, quando Gary usou seu charme vampiresco.

6 - Lestat, Louis e Armand





Baseado no livro de mesmo nome de Anne Rice, "Entrevista com o Vampiro" (1994) é um dos filmes de vampiro mais lembrados, especialmente por ter juntado em seu elenco 3 atores populares entre o público feminino na década de 90, Tom Cruise, Brad Pitt e Antonio Banderas, Lestat, Louis e Armand, respectivamente. Cada um tinha seu preferido, mas com certeza este filme fez muita mulher querer levar uma mordidinha.



7 - Spike




Spike era o vampiro a la Billy Idol da série "Buffy, a Caça Vampiros" (1997-2003) e foi de um papel pequeno sendo um dos vilões, para anti-herói e par romântico da personagem título na 6a temporada da série. Spike era sarcástico, irônico e proporcionava bons momentos de humor aos episódios. E fazia isso sem camisa e sexy. Sua presença nas últimas temporadas da série fez o público praticamente se esquecer de Angel (funcionou comigo, pelo menos).

8 - Edward Cullen



Protagonista da série de Stephenie Meyer, Edward surgiu em 2005 e mudou o conceito sobre vampiros. Despido das fraquezas dos vampiros que conhecemos (luz do sol, estaca, alho, etc) e sem a maldade inata aos seus ancestrais, Edward é vegetariano, romântico, dedicado e perfeito em todos os sentidos. Daqui pra frente qualquer vampiro vai ter que trabalhar duro pra competir com este personagem da série Twilight, principalmente porque os filmes ainda estão sendo filmados, e a mulherada gostou de Robert Pattinson no papel principal.



Bom, deixei de fora da minha lista por não ter sido marcada muito por eles, mas por sua popularidade não poderia deixar de mencionar: Blade, vivido por Wesley Snipes no filme de mesmo nome, Amelia, vivida por Kate Beckingsale no filme Underworld (super legal, por sinal) e claro, Nosferatu, do velhão de 1921 mesmo, que vi quando tinha uns 13 anos, e é conhecido como o filme de vampiro original. Dizem que também baseado na obra de Bram Stoker.

Outros Vampiros que marcaram são os presentes em vários animes que vi, como Vampire Hunter D e Hellsing.

Pros Vampirófilos de plantão, estou me esquecendo de alguém?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Slumdog Millionaire




No Brasil, conhecido como "Quem quer ser um milionário?".

Ganhador do Oscar/2009, esse filme independente, adaptado do livro "Q & A" de Vikas Swarup, quase foi direto pra DVD mas depois de ser aclamado pela crítica em pequenos festivais foi ganhando notoriedade e teve lançamento limitado nos EUA, a crítica o foi empurrando até que virou o fenômeno que abocanhou 8 de 10 nominações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.

O filme conta a história de um rapaz nascido nas favelas de Juhu, Índia, que na idade adulta participa do programa "Quem quer ser um milionário?", e apesar de não ser escolado consegue acertar as respostas utilizando conhecimentos adquiridos em sua vida difícil. O filme se divide entre o presente (com a participação do protagonista no programa) e o passado (sua história desde a infância até os acontecimentos que o levaram ao programa), cada pergunta encadeando parte de sua vida passada.

A atuação do protagonista, interpretado por Dev Patel, é convincente, e a realidade das favelas de Mumbai é brutal de se ver, dois elementos que fazem do filme muito interessante.

Não tenho certeza se mereceu tantos louros quanto ganhou nesta temporada toda de prêmios, que pra muitos foi uma verdadeira zebra, que veio devagar e começou a ganhar todos os prêmios que se pensava que iria para "Milk" e "The Curious Case of Benjamin Button", filmes que aliás, ainda não vi.

Vale a pena, mas é daqueles filme que te deprimem ao mesmo tempo que entrertem.

domingo, 1 de março de 2009

Ler ...

Ontem Luis estava comentando comigo que ele fica feliz quando chega do trabalho já meio tarde e eu ainda estou acordada, porque ele antecipa os momentos antes de dormir quando estamos em silêncio, divindo a cama com nossos dois gatos, cada um absorto em um livro, apreciando esses momentos de calma, conforto com a presença do outro, e relaxando mente e corpo com este hobbie que nós dois tanto apreciamos.

Eu, claro, concordo com ele completamente, pois amo a tranquilidade que ler me traz, e adoro passar esses momentos com alguém que também aprecia não só a leitura, mas também o silêncio nada vazio que ela traz.

Até lembrei a ele que passei uns bons momentos assim na minha última visita à fazenda, nos dias em que não ligávamos o gerador de luz, e nos sentávamos em família, cada um com um livro, ou uma revista, apreciando o fim do dia. Não sei se já comentei antes aqui no blog como eu gosto de fazer parte de uma família que gosta de ler, e como acho natural a leitura, não entendo como alguém pode não gostar de viajar e de se emocionar com um livro. E percebo que busco pessoas como eu nesse prazer tão simples que é ler, minha amiga mais próxima lê tanto quanto eu, meu marido ama ler também. Isso é parte da gente.

Mas o motivo porque resolvi blogar sobre ler em geral e não sobre um livro específico ou algo assim, é porque hoje, dia seguinte a ter conversado justamente sobre isso com Luis, visitei o Blog do PDL (Projeto Democratização da Leitura) e havia um artigo falando exatamente isso. O post é "O silêncio dos livros", e vem acompanhado de pinturas e fotos que captam essa sensação. Um em especial me chamou a atenção e queria colocá-lo aqui pra ilustrar também meu blog. E o que foi escrito lá também é excelente, copio aqui.

"... para falar sobre o silêncio cheio de significados que paira ao redor de alguém lendo um livro. Sobre a aura de tranqüilidade que ronda qualquer biblioteca, camuflando os diversos universos que se misturam acima de todas as cabeças. Se o silêncio é uma prece, ler deve ser uma espécie de religião, que nos anima, conforta, emociona e seduz." (tirado do blog do PDL)