Nota: A "piada" do título se refere a comilança e a culpa que se segue.
Quinta passada foi dia de Ação de Graças nos EUA, e claro, Porto Rico acompanha todos os feriados americanos. Luis e eu fomos pra casa dos meus sogros, pra um jantar (ou almoço tarde, o rango foi por volta das 4 da tarde) de Peru, purê de batata, gravy (caldinho do peru cremoso), salada e torta de abóbora de sobremesa, acrescentado de uma palha italiana que levei, já que foi sucesso no Natal passado. É o típico jantar de ação de graças, tradicional, apesar de estar confirmado que os peregrinos não comeram peru com os índios.
Uma vez mais, estas celebrações aqui em Porto Rico me fazem pensar em certas coisas. A primeira é que Ação de Graças, como o Natal, é um dia em que a família se reúne, cozinhando juntos, e escolhendo a casa da matriarca ou patriarca ou de quem seja para partilhar do jantar. Na família de meu esposo cada casa faz seu jantar, jantam separados, e depois saem fazendo quentinhas e visitando uns aos outros levando as sobras. Então após nossa comilança, a sonolência do peru querendo fazer efeito, vamos nós levando pedaços de torta de abóbora, e quentinhas (quentinha mesmo, minha sogra sempre tem várias embalagens de alumínio prontas pra isso) de peru e purê para casa dos avós do Luis, onde tinha outro peru e purê de batata, sendo embalado pra ser levado a casa da tia do Luis. No retorno a casa dos meus sogros, recebemos a visita da tia avó do Luis trazendo uma quentinha de salada de macarrão e após curta visita saiu levando uma quentinha de peru e purê. Sinto muito, mas às vezes esse povo me confunde! Ainda vou perguntar esse fenômeno é de todos os ilhéus ou somente da parte materna da família do Luis, apesar de já ter aprendido que quando alguém visita ou é visitado, troca de presentes é normal, uma vez minha sogra me deu um pacote de mistura pra bolo e uma lata de ervilha pra trazer pra casa, e Luis já chegou trazendo sabão em pó.
Bom, voltando aos meus pensamentos, a segunda coisa que fico pensando é que no Brasil, o Natal e Ano Novo são tratados com certa reverência, neste dia usamos aquele jogo de prato especial que fica guardado pra não quebrar, a melhor toalha de renda, os copos de cristal que foram presentes de casamento, etc. Nos vestimos bem e parte do prazer da ceia é a novidade, é ver tudo bonito, decoradinho, dá até pena bagunçar. Isso é parte de mudar um pouco a rotina, e apesar de "supérfluo", definitivamente é gostoso. Voltamos então a Porto Rico, e neste caso, como também vivenciei quando morei nos EUA, durante a Ação de Graças e o Natal. Dia de festa por aqui é dia de usar pratos e talheres descartáveis, pois afinal, se vão receber mais gente, ninguém quer ficar lavando prato depois, e o apetitoso peru é servido na forma de alumínio mesmo, o purê de batata na bacia em que foi misturado, etc. O sabor é que importa, a comilança é que importa, decoração, a tentativa de ser chique, ninguém está nem aí. Acho isso engraçado, é tão diferente do que estou acostumada e vou confessar, a coisa toda perde o charme.
E a terceira e última é o chauvinismo do Futebol Americano, pois sempre tem um jogo importante no dia de Ação de Graças, e os homens da casa enchem a pança e correm pra TV, pedindo salgadinhos e cerveja, e passam o resto do dia vendo Futebol. Cadê a idéia de família e celebração? Vai embora nas quentinhas, acho.
Bom, tentamos tirar fotos da ocasião, mas não sei o que Janai (minha cunhada) arrumou mas as fotos saíram embaçadas e ela não conseguiu acertar o timer pra sair na foto, entre eu e meu sogro. Mas está aí, Ação de Graças em Porto Rico que foi divertido e delicioso, apesar das diferenças do que eu esperaria de tal ocasião.
Uma vez mais, estas celebrações aqui em Porto Rico me fazem pensar em certas coisas. A primeira é que Ação de Graças, como o Natal, é um dia em que a família se reúne, cozinhando juntos, e escolhendo a casa da matriarca ou patriarca ou de quem seja para partilhar do jantar. Na família de meu esposo cada casa faz seu jantar, jantam separados, e depois saem fazendo quentinhas e visitando uns aos outros levando as sobras. Então após nossa comilança, a sonolência do peru querendo fazer efeito, vamos nós levando pedaços de torta de abóbora, e quentinhas (quentinha mesmo, minha sogra sempre tem várias embalagens de alumínio prontas pra isso) de peru e purê para casa dos avós do Luis, onde tinha outro peru e purê de batata, sendo embalado pra ser levado a casa da tia do Luis. No retorno a casa dos meus sogros, recebemos a visita da tia avó do Luis trazendo uma quentinha de salada de macarrão e após curta visita saiu levando uma quentinha de peru e purê. Sinto muito, mas às vezes esse povo me confunde! Ainda vou perguntar esse fenômeno é de todos os ilhéus ou somente da parte materna da família do Luis, apesar de já ter aprendido que quando alguém visita ou é visitado, troca de presentes é normal, uma vez minha sogra me deu um pacote de mistura pra bolo e uma lata de ervilha pra trazer pra casa, e Luis já chegou trazendo sabão em pó.
Bom, voltando aos meus pensamentos, a segunda coisa que fico pensando é que no Brasil, o Natal e Ano Novo são tratados com certa reverência, neste dia usamos aquele jogo de prato especial que fica guardado pra não quebrar, a melhor toalha de renda, os copos de cristal que foram presentes de casamento, etc. Nos vestimos bem e parte do prazer da ceia é a novidade, é ver tudo bonito, decoradinho, dá até pena bagunçar. Isso é parte de mudar um pouco a rotina, e apesar de "supérfluo", definitivamente é gostoso. Voltamos então a Porto Rico, e neste caso, como também vivenciei quando morei nos EUA, durante a Ação de Graças e o Natal. Dia de festa por aqui é dia de usar pratos e talheres descartáveis, pois afinal, se vão receber mais gente, ninguém quer ficar lavando prato depois, e o apetitoso peru é servido na forma de alumínio mesmo, o purê de batata na bacia em que foi misturado, etc. O sabor é que importa, a comilança é que importa, decoração, a tentativa de ser chique, ninguém está nem aí. Acho isso engraçado, é tão diferente do que estou acostumada e vou confessar, a coisa toda perde o charme.
E a terceira e última é o chauvinismo do Futebol Americano, pois sempre tem um jogo importante no dia de Ação de Graças, e os homens da casa enchem a pança e correm pra TV, pedindo salgadinhos e cerveja, e passam o resto do dia vendo Futebol. Cadê a idéia de família e celebração? Vai embora nas quentinhas, acho.
Bom, tentamos tirar fotos da ocasião, mas não sei o que Janai (minha cunhada) arrumou mas as fotos saíram embaçadas e ela não conseguiu acertar o timer pra sair na foto, entre eu e meu sogro. Mas está aí, Ação de Graças em Porto Rico que foi divertido e delicioso, apesar das diferenças do que eu esperaria de tal ocasião.
2 comentários:
que coinciência você ter morado em Terê, adorei saber disso! :)
acho que prefiro o nosso Natal, mas pelo menos deu pra reunir todos, né?
beijo
Pois é, todos da família dele, porque minha família está toda no Brasil. Mas com certeza, quentinhas à parte foi super divertido.
Beijo
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