quarta-feira, 27 de maio de 2009

House of Night: Betrayed



Bom, hoje mesmo já tinha falado do primeiro livro desta série, que é claramente uma cópia de vários best sellers, entre os mais óbvios Harry Potter, Brumas de Avalon e um toque de Twilight.

A sequência acompanha Zoey, uma adolescente que é marcada para se tornar uma vampira, e vai estudar num internato pra vampiros. Seguindo o estilo Harry Potter, Zoey é especial e como seu antecessor bruxinho se mete em encrencas e resolve casos/situações que os vampiros experientes não podem. E como Morgana (personagem tão adorado por fãs) é uma sacerdotisa nata e poderosa, única.

Nem vou entrar em muitos detalhes do enredo deste volume, exceto que simplemente continua exatamente de onde o último parou, e segue nos apresentando os conflitos dos personagens e nos apresentando aos mistérios do mundo vampiro (extremamente religioso e pagão).

Já comentei sobre as críticas que tenho à série em geral, e já comentei do porque planejo continuar lendo a história: pra quem já e fã desses modernos vampiros, de Harry Potter, e da maravilhosa Marion Zimmer Bradley e não tem nada pra fazer, o que me custa? Pelo menos as partes toscas me rendem boas gargalhadas.

Mas ainda assim sou forçada a reclamar de um detalhe. Como a Lili do blog "Um Livro no chá das cinco" havia dito no comentário deixado aqui mesmo no blog, parte de a gente ter achado o livro mal escrito se rendia ao fato de termos lido uma tradução em português do original. Mas me chamou atenção o fato de ser comentado que as autoras são mãe e filha, e que a filha deu o tom jovem e atual aos livros.

E aí está pra mim o pior aspecto dos livros. Este segundo volume eu li no original (o livro é americano) e aí sim as falhas na escrita se tornam gritantes. É como estar vendo aqueles filmes de sessão da tarde que se passam no Segundo Grau, onde todos os personagens são superficiais, só falam em gírias idiotas, e tem o cérebro do tamanho de uma ervilha. Querer fazer o livro acessível ao público de meninas adolescente é uma coisa, transformar o livro em bilhetes passados entre meninas frenéticas pra ter um namorado durante a aula é outra. E foi isso que me rendeu gargalhas e suspiros frustratos com os absurdos.

O livro é escrito como se narrado sem alterações por uma patricinha, que no livro claro seria simplesmente uma pat, assim como os vampiros são todos vamps, e a mocinha do livro tem medo que todos na escola sejam emo. Em um dos momentos cruciais da história, de perigo, urgência e monstros querendo matar a mocinha, ela para pra comentar com o namorado coisas completamente inúteis como o fato de ele ter usado uma palavra difícil, ou comentar que o monstro não entende nada de moda. Isso aliado ao uso interminável de atores e atrizes famosos reais, como base pra se comparar quem é in e quem é out, e inclusive afirmar que este ou aquele famoso é na verdade um vampiro também, é alarmantemente estúpido.

Pode ser um dos casos em que o livro é tão ruim, mas tão ruim, que chega é bom. Pelo menos para me fazer rir da tosqueira.




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