quarta-feira, 2 de junho de 2010

Absurdos da Lei


A gente no Brasil sempre escuta falar dos absurdos que os americanos usam como motivo para processar alguém, e de como nos EUA se processa todos por tudo, e como muitas vezes os processos são ganhos.

Eu sempre me deparo com casos que para mim são ridículos (especialmente como formanda em Direito) e até agora não tinha pensado em guardar essas pérolas. Então pensei, o blog é um bom lugar para mostrar os absurdos que a gente vê por aí.

A pérola de hoje está no site abaixo, e resumido no próprio, mas está em inglês então vou resumir de que se trata.

Uma americana de Utah está processando o Google porque usou as direções do Google Maps em seu celular para um trajeto a pé e o mapa do google mandou ela para uma rodovia sem acostamento onde ela acabou sendo atropelada. Ela também está processando o motorista, claro.

Agora, nos EUA existe uma coisa de que se não está explicitamente explicado, escrito, assinado em baixo, o cliente pode reclamar do mau uso de um produto ou serviço, por isso aquela da mulher que processou o McDonald's quando deixou café cair no seu colo, queimando-a. Ela ganhou o processo porque o copo de café não tinha aviso de que o produto era quente. Ridículo, não?

Pois bem, quando a pessoa usa o Google Maps na internet ele avisa que o serviço é ainda beta e que os percursos podem passar por pontos sem calçada, etc. Só que pelo tamanho da tela no celular este anúncio não aparece. Ainda assim os advogados da Google acham que não vão perder esse processo.

Para mim o absurdo é esse tipo de caso parar na justiça e ter que ser julgado, ocupando juízes, e demais funcionários públicos do cartório, etc.

Abaixo o artigo no original.


http://technology.ca...1/14202276.html

A Utah woman is suing Google after Google Maps on her BlackBerry allegedly gave her walking directions that led her to a highway where she was struck by a car, CNN reports.

Lauren Rosenberg of Park City is suing the web giant for $100,000 because she claims she was led onto a rural highway with no sidewalks. She's also suing the driver.

"Defendant Google, through its "Google Maps" service provided Plaintiff Lauren Rosenberg with walking directions that led her out onto Deer Valley Drive, a.k.a. State Route 224, a rural highway with no sidewalks, and a roadway that exhibits motor vehicles travelling at high speeds, that is not reasonably safe for pedestrians," reads court documents.

"As a direct and proximate cause of Defendant Google's careless, reckless, and negligent providing of unsafe directions, Plaintiff Lauren Rosenberg was led onto a dangerous highway, and was thereby stricken by a motor vehicle." None of the allegations have been proven in court.

When you do a walking-directions search via Google Maps on laptop or desktop computer, you get the following warning: "Walking directions are in beta.

Use caution ­ This route may be missing sidewalks or pedestrian paths." However, due to the size of the screen, the same warning doesn't appear on the mobile platform.

Seth Weintraub of CNN's Fortune Tech poked fun at the women in a blog post.

"This reminds me of something my parents used to tell me when I was younger and blamed someone else for my mistakes. They'd say, 'If Google told you to jump off a cliff, would you do it?'" he wrote. "Except I was a kid. And if I was told to walk onto a highway, I would have passed."

4 comentários:

Diana Bitten disse...

É um absurdo, não é mesmo?

Bom, de qquer forma entrei aqui para dizer que adorei a idéia desse posts, acho que serão um misto de diversão e absurdos.

Bjo.

Laura disse...

Que bom que agradou, vou tentar colocar sempre, até porque vejo esse tipo de coisa sempre. rsrsrs

Belita disse...

Olha eu aqui de novo! ^.^

Esses absurdos jurídicos são beeem interessantes! Quando eu estava na faculdade, lembro uma matéria que o prof. levou para ler-mos de uma guria que processou a organização da festa pq não deixaram ela entrar com o traje que ela estava (não lembro qual era). A discussão era acerca da sentença do juiz, que ponderou se os cinco anos de faculdade + os anos de estudo + os anos da prática como magistrado valiam a pena para chegar lá (na magistratura) e julgar se o vestido de uma moça é adequado ou não.
Fica a dúvida, né? Hehehehe...
Bjinhos!

Laura disse...

Rsrsrsrs, essa é boa Belita!